A segunda.

Ainda sob a ordem de escrever diários de campo do Wacquant, remeto-me agora a visita ocorrida no dia 30 de julho. Eu e um rapaz saímos do último dia de shows de um festival de roque para fazermos sexo lá. Eu já sabia que existia o tal do ‘sexo gay do *’ nesse estacionamento, dado a primeira visita com o N.

Nós estávamos no carro, quando um Ford Ka aproximou-se e passou ao nosso lado várias vezes, nesse dia eu conduzia um Siena, o que mais tarde percebi fazer diferença lá (a diferença no preço dos carros que se conduzem). O rapaz do kA estacionou atrás do nosso carro, desceu e veio até nós. Apreensivos colocamos as roupas, eu girei a chave do carro e baixei o freio de mão, com medo.

Ele era bem forte e bombado, o C* entusiasmou-se e baixou o vidro. Ele disse:

-cabe mais um aí?

-poxa, já está difícil só de dois - respondi.

Ele perguntou porque estávamos de roupa, e eu retruquei dizendo para que ele tirasse, em tom de desafio.

E ele tirou. Ficou nu ao lado do nosso carro, o pau em riste, naquela noite fria.

Não lembro exatamente o que falamos, sei que descemos do carro e começamos a nos beijar, os 3. Abaixamos as calças e beijávamos mais. Eu estava no meio dos dois, de frente para ele, por vezes ele colocava a mão na minha nuca e tentava fazer com que eu o chupasse, o que eu evitava. Nunca gostei de fazer sexo oral, principalmente em desconhecidos.

Ele fazia o mesmo gesto com o C*, que tb negava.

C* chegava a tremer.

Certa hora um carro passou próximo e por medo nós três entramos no carro. Eu e C* no meu e ele no dele. Nisso, o rapaz encontrou outra pessoa, nos aproximamos (ainda de carro) e ele nos disse: poxa vocês não chupam, ele alí chupa. E foi se encontrar com um quarto rapaz.

C* pediu para ir embora, deixei na rodoviária, que fica a 2 ou 3 quilometros de onde estávamos. Acelerei o máximo que pude para tentar encontrar o rapaz do Ford Ka, não a toa, no outro dia, C* me perguntou se eu havia voltado ao parque. Deve ter ficado obvio, dado a velocidade que sai.

Encontrei o fortão no estacionamento do lado direito (estávamos no do esquerdo antes). Ele estava saindo de um 4º carro (não era o mesmo de antes de termos ido para a rodoviária), veio até mim e eu disse:

-Voltei por sua causa.

-Quer me dar?

Fiz que sim com a cabeça.

E ele disse que era uma pena, que preferia me comer, mas já estava com o outro.

Achei fofo.

Ao que me lembro, fui para casa.


Na segunda vez, nem melhora tanto assim.

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